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São Paulo

Leia a sinopse da Rosas de Ouro para 2020

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A Rosas de Ouro apresentará no Anhembi em 2020 o enredo Tempos Modernos, que será desenvolvido por André Machado. O tema é conduzido pelo robozinho ROXP4. A agremiação será a sétima a se apresentar no sábado de Carnaval, pelo Grupo Especial de São Paulo.

Sinopse

Olá!

Eu sou um robozinho de última geração criado em escala

Artificialmente, já nasci inteligente

Operações matemáticas complexas

Resolvo em segundos

Palavras, eu sei pronunciá-las em diversos idiomas

Sinônimos e adjetivos não me faltam

Assim como, a curiosidade.

Fui programado para sorrir e até chorar

Porém, ainda não compreendo o motivo

A luz me foi dada por uma criança

Ao apertar o dispositivo descrito no manual

E quando abri os olhos pela primeira vez

Percebi o fascínio que eu provocava

Nascia ali, o início de uma grande amizade.

Observava os seus movimentos para aprimorar os meus

Aprendia e replicava cada um deles

E ela achava graça de tudo,

Eu era o brinquedo que faltava.

O tempo foi passando

Novas tecnologias tornaram outras obsoletas

E a mesma criança que um dia me deu a vida

Não me ligava com a mesma frequência

Passei olhar pra alto para ver o seu rosto

Não reparei, mas ela havia crescido.

E por mais que eu pudesse responder

Qualquer pergunta que ela me fizesse,

Daquela criança não existia mais a vontade de saber.

Entretanto, o que eu poderia fazer para ser notado?

Será que fui fadado ao esquecimento?

E no canto em que fui deixado

Antes de ser desligado

Um objeto eu encontrei,

Feito de um material barato

Que quase não se usa mais

Um livro, cuja capa ilustrava “Tempos modernos”,

Tudo sobre as revoluções industriais.

 

Impulsionado pelo medo

Do que a mente humana seria capaz

Refletido num espelho, eu vi um monstro tecnológico,

Capaz de devorar a própria tecnologia,

Pois a modernidade só é atual até a próxima

Qual será o meu destino nessa distopia

Já que o novo se torna velho no raiar do dia,

Qual será?

 

Então, meu interesse foi imediato

Para compreender o futuro voltei ao passado

Na Inglaterra do século 18

Na transição do manufaturado para o industrial

Produto da alta burguesia, efeito do êxodo rural

Das safras de algodão à rápida tecelagem

Do carvão à máquina a vapor

A moda se vestiu com diversas padronagens

A mão de obra do artesão foi perdendo o valor.

 

E aí, vieram o petróleo e a eletricidade

Símbolos da segunda revolução

O que foi inventado até então já não valia mais

E o que ficou para trás ganhou nova versão

Com a Maria fumaça surgiu o progresso

Além do ferro apareceu o aço

E o automóvel no mesmo compasso

Debutou o Fordismo na linha de produção,

Promovendo assim, o Tio Sam a rei do pedaço

Na linha de frente da evolução.

Através do telefone, do rádio e, depois, televisão

Até o que era difícil de acreditar tornou-se fácil

Quando “um grande salto para humanidade” ganhou projeção.

 

E assim, investindo em tecnologia

Criaram-se novas fontes de energia

Prelúdio da terceira revolução – Era da informatização.

E produzir ganhou mais velocidade, eficiência e qualidade,

Sendo preciso substituir gente por automação.

Da engenharia genética e dos avanços da ciência

Até uma ovelha foi referência para uma geração

Computadores cada vez menores entraram nos lares

Internet, software, GPS e os famosos celulares

Como saídos de filmes de ficção.

O futuro encontrou na arte a inspiração

Tornando palpável o que já foi utopia

E quem diria viver como “Os Jetsons” um dia

Não ser fruto apenas da imaginação.

 

E hoje, o mundo se encontra globalizado

Tudo está conectado na quarta revolução – a 4.0

Com a convergência da tecnologia digital, física e biológica

Um turbilhão de ideias surge como num passe de mágica

Viver mais e melhor deixou de ser ilusão.

Big data, internet das coisas, nas nuvens computação

Impressão em 3D implantada e até realidade aumentada,

Inteligência artificial abonando em robôs a razão

Condição que me fez levantar a questão:

Estamos preparados para viver o futuro?

Mesmo que o homem tenha se mostrado

Por sua mente criativa a máquina mais perfeita

Inclusive, muitas vezes, motivado pela fé e a esperança,

O passado o coloca numa linha tênue

Entre a ganância e a sensatez.

Então, de escrever uma nova história chegou a vez

No futuro, a prosperidade não poderá ser privilégio de alguns

Tão pouco, a desigualdade poderá existir

E nessa modernidade que se apresenta veloz

Quem será o protagonista entre nós? O homem ou o robô?

Teremos um destino atroz ou vale a pena sonhar?

 

Meu nome é ROXP4

Sonhando com “Tempos Modernos”

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