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Série Ouro

Zezo e Cahê Rodrigues mostram confiança em um grande desfile da Santa Cruz

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O belíssimo desfile em homenagem à atriz Ruth de Souza, em 2019, parece ter feito muito bem à Acadêmicos de Santa Cruz. A verde e branco está em alto astral e quer fazer na Sapucaí melhor do que no último ano, quando desfilou após um temporal e ainda sob a chuva. O presidente da escola, Moysés Antônio Coutinho Filho (Zezo), e o carnavalesco Cahê Rodrigues também demonstraram entusiamo, mesmo diante de dificuldades.

Comparando com o último desfile da Acadêmicos de Santa Cruz, o responsável pelo visual da escola explicou o motivo da esperança em uma ótima apresentação. “Tudo está mais organizado que em 2019. Começamos mais cedo. O barracão está funcionando, as fantasias sendo produzidas.”

Crise financeira

Cahê Rodrigues também comentou sobre a crise financeira na folia. “É mais um ano de dificuldade. Por isso, fizemos um projeto dentro desta realidade e que deve ser todo levado para a Avenida. Estamos tentando encontrar caminhos para isso.”

Além da dificuldade financeira, a Santa Cruz sofre com a falta de condições para produzir as alegorias para 2020. Em novembro, Cahê Rodrigues promoveu um mutirão para limpar o local usado pela escola. Esta semana, os apaixonados pela agremiação deverão ajudar novamente na preparação do espaço para a finalização dos trabalho.

O barracão, aliás, é motivo de uma controvérsia entre as agremiações da Série A. A Imperatriz Leopoldinense, rebaixada do Grupo Especial em 2019, permaneceu na Cidade do Samba, com toda a infraestrutura que o local disponibiliza. Cahê Rodrigues acredita que a manutenção da escola de Ramos no local causa um desequilíbrio na disputa. “Há desigualdade.”

Enredo

Sobre o enredo, Cahê Rodrigues abordará os aspectos culturais da cidade de Barbalha, no Ceará. O carnavalesco conta que a sugestão do tema foi de Riec Santos, amigo do presidente da escola, e que poderia contar com uma verba local. “Qualquer ajuda é bem vinda no atual momento.”

Apesar de não ter sugerido o enredo, Cahê Rodrigues gostou do resultado. “Fiquei encantado com a história da cidade. Além disso, é meu primeiro trabalho com temática nordestina. Vamos ter um visual nordestino, com um colorido quente e o verde da escola passeando pelo desfile. E ainda contamos com um samba lindo.”

Patrocínio

Zezo detalhou como Barbalha chegou à Santa Cruz. “Já havia um vínculo com a cidade. Havíamos feito um curso de mestre-sala lá. A cidade tem seis escolas de samba. O Riec Santos nos falou da possibilidade de uma parceria e fomos atrás, encontrando o prefeito Argemiro Sampaio Neto em Brasília.”

O contato, segundo o presidente da Santa Cruz, foi bastante franco. “Um assessor quis melar tudo no início, dizendo que o ‘Grupo 2’ não tinha visibilidade. Quando mostrei fotos do desfile de 2018, o prefeito ficou encantado. Ele afirmou que não poderia usar dinheiro do governo municipal, mas que, se pudesse usar a Lei Rouanet, iria buscar recursos com o empresariado de Barbalha. Já saiu um pouco. Estamos negociando, esperando mais. Temos inclusive um grupo no Telegram.”

Invasão cearense

A homenagem à Barbalha fará com que um grupo de 50 a 100 pessoas da cidade, além de autoridades e empresários, venha ao Rio de Janeiro desfilar pela Acadêmicos de Santa Cruz. Zezo, inclusive, tem espaço para hospedar os foliões cearenses. “Vem todo mundo para a quadra, para a minha casa. A gente arruma espaço.”

O presidente da Santa Cruz, assim como Cahê Rodrigues, acredita que a escola pode sonhar com o título da Série A, mesmo com a presença da Imperatriz Leopoldinense. “São 10 quesitos. Eles têm mais estrutura para produzir as alegorias e fantasias, mas um desfile não é só isso.”

Feijoada

O entusiasmo de Zezo e Cahê Rodrigues pôde ser visto refletido na Feijoada da Santa Cruz, no sábado, 11 de janeiro. A comunidade lotou a quadra para ver os segmentos da escola e o show do grupo Pique Novo e, orgulhosamente, demonstrou confiança em fazer bonito na Sapucaí.

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Desfile

No Carnaval 2020, a Acadêmicos de Santa Cruz será a quarta escola a se apresentar no sábado, na Sapucaí, pela Série A. A escola apresentará o enredo Santa Cruz de Barbalha – Um conto popular no Cariri Cearense, que será desenvolvido pelo carnavalesco Cahê Rodrigues.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Rogério Santos

    15 de janeiro de 2020 a 17:58

    Sou de Barbalha e estarei no Rio para registrar esse momento impar para a terra dos verdes canaviais, Viva Ato. Antônio de Barbalha, viva Sta Cruz.

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