Por aí
Ritmo Solidário supera 4 mil cestas distribuídas e quer beneficiar mais famílias
A pandemia de coronavírus trouxe um ambiente de incertezas para o mundo do samba, mas também foi a oportunidade de demonstração de união e solidariedade de quem faz o Carnaval. Um dos maiores exemplos disto é o projeto Ritmo Solidário, que levou alimentos para as famílias dos ritmistas em dificuldade.
A iniciativa partiu de China do Estácio, que, vendo uma matéria jornalística sobre a entrega de cestas básicas, percebeu que aquela situação estava próxima de quem faz o batuque do Carnaval. “Vi que aquela situação chegaria até nós.” Era abril de 2020 e ele resolveu juntar os mestres de bateria e amigos para o projeto, então batizado Ritmo Solidário.
Números
A ideia foi materializada e chegou a números que comprovam seu sucesso. “Já distribuímos 4.200 cestas básicas e 2 mil kits higiênicos até hoje. E fomos além. De 15 em 15 dias, levamos quentinhas, água, cobertores e máscaras para os moradores de rua.”
China do Estácio explicou como as famílias são beneficiadas pelo Ritmo Solidário. “Os mestres de bateria das escolas da Sapucaí listam, cada um, 30 ritmistas que estão em situação vulnerável. Fazemos uma triagem e marcamos a distribuição das cestas com a presença do mestre. Registramos tudo em fotos. Tudo com a maior transparência possível.”
Contribuição
Para que o Ritmo Solidário pudesse existir, China do Estácio e os colegas mestres de bateria contaram com a ajuda das rainhas de bateria e do povo do samba. No entanto, ele destaca a generosa contribuição da Acadêmicos do Grande Rio. “Sem conhecer o projeto, a escola doou 200 cestas básicas para dar o pontapé inicial. As cestas eram muito grandes e foi possível fazer outras 100. Depois, outras escolas fizeram doações também.”
O Ritmo Solidário também já desenvolveu outras ações para arrecadar doações, como contou China do Estácio. “Já fizemos duas lives e uma vaquinha virtual. Todos os dias recebemos doações no Setor 10 do Sambódromo, vamos na casa de quem deseja doar para pegar os alimentos, temos Pix. Há um cadastro em uma rede de supermercados para a compra dos alimentos. Tudo com transparência. Também continuamos aguardando os editais e a ajuda do poder público.”
Sem fim
Mas se podemos vislumbrar o Carnaval 2022 e o final da pandemia, o Ritmo Solidário não pretende ter fim. China afirma que a iniciativa irá continuar. “Este, inclusive, é um pedido do Mestre Mug (falecido recentemente), além de outros mestres.”
A campanha cresceu e teve seus desdobramentos, explica China. “Nos tornamos a Associação Cultural Educacional Desportiva Ritmo Solidário, para termos um CNPJ e ajudar na busca por recursos. Mestre Demétrius é o vice-presidente. É uma entidade sem fins lucrativos. Queremos desenvolver nossa arte, nossa cultura.”
Doações
Os ritmistas continuam necessitando da generosidade de todos os amantes do samba. Para doar, além do posto de coleta no Setor 10 do Sambódromo, o Ritmo Solidário pode ser contatado pelas redes sociais (Instagram e Facebook). O projeto também recebe doações pelo Pix 986955027.
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