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Mangueira apresenta fantasias das alas comerciais

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A Mangueira divulgou nesta segunda-feira, 8 de novembro, as fantasias das alas comerciais para o Carnaval 2022. A agremiação publicou nove protótipos nas redes sociais. A partir de terça-feira, 9 de novembro, a verde rosa as venderá pelo site da agremiação.

O carnavalesco Leandro Vieira também mostrou as fantasias em suas redes sociais e escreveu sobre o seu trabalho para a Estação Primeira. “Nunca tive dúvidas de que ser o carnavalesco da Mangueira é um privilégio do tamanho exato da responsabilidade que é assumir essa atribuição.”

Foto: Divulgação.
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No próximo Carnaval, a Mangueira será a segunda agremiação a se apresentar no domingo, pelo Grupo Especial, com o enredo Angenor, José e Laurindo. O tema, de autoria do carnavalesco Leandro Vieira, é uma homenagem ao compositor Cartola, ao intérprete Jamelão e ao mestre-sala Delegado.

Reflexão de Leandro Vieira

Quando houver carnaval, eu poderei vestir a Mangueira. Quando houver a redenção desses dias ruins e tudo for gargalhada, peito aberto, purpurina, música e dança, a Mangueira estará lá. Até lá, eu estarei aqui. Em festa por ter vida para criar. Em festa, por ter gana para não me dobrar. Na luta para vê-la no desfile que virá, tal como a vejo desde já, enquanto ela insiste em mostrar-se nas minhas ideias. De verde com rosa. De flor nos cabelos. De punhos erguendo estandartes. Balançando cores que se derramam na avenida enquanto o quadril de sua gente requebra.

Nunca tive dúvidas de que ser o carnavalesco da Mangueira é um privilégio do tamanho exato da responsabilidade que é assumir essa atribuição. “Vesti-la” – ou seja, escolher a roupa que lhe cai melhor no discurso e na estética – me tira o sono por meses. Acreditem: Aí mora a “dor” e a “delícia” de ser o cara que há sete anos tá “vestindo” a Mangueira.

A ânsia de acertar dói. Pensar como será e o que lhe cai bem desperta dúvida e ansiedade. Não se enganem, isso é doloroso e não há quem passe imune.

Em contrapartida, enquanto penso como será o próximo desfile, a Mangueira desfila primeiro pra mim. Enquanto não durmo e a cabeça no travesseiro aguarda que o sono venha, a Mangueira desfila pra mim. Eu a vejo primeiro, num desfile antes do desfile. Tão real que posso “colher” e tornar matéria visível – têxtil, colorida e brilhante – aquilo que agora divido com vocês como fruto do meu ofício.

Dito isso, saibam que o desfile da Mangueira já existe. Ele foi colhido enquanto a Mangueira desfilava pra mim, nas minhas ideias, na ansiedade dos meus pensamentos contínuos. O desfile da Mangueira já existe, em cada acerto, erro e reparo feito naquilo que fiz até o momento. Tá tudo aqui. No meu sangue. Na minha boca. Naquilo que enxergo de olhos abertos e fechados.

Meu trabalho agora é fazer com que aquilo que eu já consigo ver sozinho( nesses desfiles íntimos que a verde e rosa faz pra mim enquanto eu penso como será – ou como pode ser – sua apresentação) seja o mesmo que desfilará para vocês.

Isso, inevitavelmente, é dor. Isso, sem a menor sombra de dúvidas, é um delicioso privilégio. Obrigado Estação Primeira.

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