Grupo Especial
Mangueira aposta em tradição e inovação com novos nomes
A recém-empossada presidente da Mangueira, Guanayra Firmino, prometeu manter a tradição e ampliar o alcance da escola com duas novas apostas. A agremiação terá Rick Chester como diretor-embaixador de relações institucionais e Pedro Terra como coordenador da ala de compositores
Rick Chester representará a Mangueira junto a empresas e em outros países, fortalecendo a instituição e o que esta representa. Já com Pedro Terra o objetivo é uma renovação entre os sambistas.
Missão
O novo diretor de relações institucionais assume uma missão de continuidade histórica. “Estou feliz demais com o convite. Quem me acompanha desde antes da transformação da minha vida, sabe que sempre levei o nome da Mangueira onde vou. Aquele garoto que cresceu na comunidade, que via o ritmista passar, o mestre-sala passar, o presidente passar, um garoto cheio de sonho e de vontades, que achava bonito aquelas cores, aquele trabalho em prol de um denominador comum, de repente esse garoto se vê diretor de relações institucionais dessa agremiação. É uma alegria quase que inenarrável. Pra quem está dentro, a responsabilidade é a missão de deixar lá na frente uma Mangueira melhor para os que virão depois da gente. É saber que desde Cartola alguém vem preparando esse terreno, repassando um bastão de geração e geração até hoje.”
Pedro Terra, que entrou para a ala de compositores da Mangueira em 2017 e venceu a disputa de samba para 2022, pretende movimentar a ala fora do período carnavalesco. Ele deseja promover atividades que mantenham vivas as memórias da primeira geração de sambistas da Mangueira e diz ter a missão de olhar para o futuro, abrindo espaço para que os compositores da atual geração apresentem suas criações e permitam o surgimento de novos compositores.
Responsabilidade
A responsabilidade, segundo Pedro Terra, é grande. “Nossa ala que gerou não apenas sambas-enredos inesquecíveis para a história do Carnaval, mas também canções imortalizadas na música popular brasileira. Da ala que é tombada como patrimônio cultural do Rio de Janeiro e simboliza a essência artística desse país. Tudo isso torna o desafio e a responsabilidade ainda maiores, mas contamos com um time muito talentoso e que está unido e empenhado para honrar o legado deixado por nossos ancestrais, que hão de iluminar nossa caminhada.”
O compositor ainda explica que a escolha da presidente não se limita apenas a mudança, mas também a um resgate das tradições e que irá trabalhar para que a ala de compositores proporcione novamente um espaço de convívio, sociabilidade e troca de saberes entre os segmentos da verde e rosa e a comunidade mangueirense. “Estamos muito animados e com várias ideias sendo trabalhadas. Dentre elas, uma em especial é a roda de samba formada pelos compositores da Escola, iniciando com uma homenagem a Jorge Zagaia, que em 2022 completaria 100 anos e era matriculado na ala com a carteirinha número 01.”
Desfile
No Carnaval 2022, a Mangueira ficou na sétima posição do Grupo Especial.
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