Escolas fazem grande festa no Desfile das Campeãs de São Paulo

Por Wenderson França.

São Paulo fechou com brilhantismo o Carnaval de 2018. O Desfile das Campeãs, na sexta-feira, 16 de fevereiro, reuniu as duas primeiras colocadas do Grupo de Acesso e as cinco mais bem colocadas do Grupo Especial. Além de ótimas apresentações, a noite reuniu muita gente bonita e um público bastante participativo.

Após 26 anos a Colorado do Brás retorna ao Grupo Especial com fé nos santos. A escola, segunda colocada do Grupo de Acesso, abriu o Desfile das Campeãs mostrando novamente o enredo Axé! Caminhos que levam à fé. Depois de muitos anos sem disputar o título da elite da folia paulistana, a escola é uma promessa para 2019.

Águia de ouro entrou na Avenida como se ainda estivesse disputando o título. A escola da Pompeia, campeã do Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo, fez um desfile de comemoração como se ainda estivesse lutando pelo seu lugar no Grupo Especial. A seriedade da agremiação ao passar no Anhembi foi a mesma do dia do desfile oficial e ser merecedora do título.

Especial

Foto: Wenderson França.

A quinta colocada do Grupo Especial, Dragões da Real, cantou Minha música, minha raiz. Abram a porteira para essa gente caipira e feliz e ratificou seu espaço entre as grandes campeãs de 2018. A escola fez a mesma festa que no desfile oficial, um pouco mais descontraída, pois era noite de comemoração.

A escola já é considerada uma das promessas dessa nova geração do Carnaval paulista. Desde que subiu para o Grupo Especial, sempre teve seu lugar ao lado do sol entre as mais pontuadas. O presidente da escola, Renato Remondini Rodrigues, deu o recado recado. “Em 2019, a Dragões não virá com o regulamento em baixo do braço. E, sim, continuará trazendo inovação para o Carnaval de São Paulo.” A escola prometeu conquistar seu primeiro título do Grupo Especial.

Caio Castro e Viviane Araújo

A Tom Maior, finalizou a primeira noite dos desfiles das escolas do Grupo Especial de São Paulo, e ficou com a quarta colocação. Por isso, voltou a se apresentar no Desfile das Campeãs. A vermelho, amarelo e branco contou com presenças ilustres, como o ator Caio Castro. “O presidente da Tom Maior foi meu padrinho e eu sempre fui do samba. Para mim é um orgulho só de desfilar na escola que representa uma história que foi muito importante.”

Foto: Wenderson França e Marcela Lima.

O terceiro lugar ficou com a Mancha Verde, a escola veio reverenciando a Amizade e o grupo Fundo de quintal. A agremiação mostrou na Avenida os sentimentos de uma amizade e a história dos músicos. Um dos fundadores do Fundo de Quintal, Bira Presidente falou sobre a emoção de receber essa homenagem. “Esse é mais um momento histórico na nossa história. A Mancha Verde é uma escola digna representante do Carnaval de São Paulo e fez com que nós nos sentíssemos muito honrados com esse convite.”

Estrela do Carnaval do Rio e de São Paulo, Viviane Araújo, a Rainha das Rainhas, argumentou que o enredo ajudou a Mancha Verde, embora quisesse o título. “Eu acho que a gente merecia de fato o campeonato, mas estar aqui hoje também representa muito. É um enredo muito forte, representa muita coisa. A Mancha não poderia estar de fora do Desfile das Campeãs falando sobre o Fundo de Quintal.”

Samba vivo

Vice-campeã do Carnaval paulistano, a Mocidade Alegre entrou na Avenida aproximadamente às 3h40 e ao som do surdo fez o Anhembi tremer cantando e homenageando o ícone do samba brasileiro Alcione, a Marrom. A escola que disputou nota a nota com a campeã Acadêmicos do Tatuapé mostrou o motivo de merecer um lugar de destaque em 2018.

A presidente da Mocidade Alegre, Solange Cruz, contou como pensou a homenagem à cantora. “Surgiu da ideia de não deixar o samba morrer. A Alcione foi a primeira voz que cantou esse samba. Nada mais justo homenagear a diva sambista para não deixar o samba morrer.”

É campeã!

Foto: Wenderson França e Marcela Lima.

Fechando o Desfile das Campeãs, a Acadêmicos do Tatuapé novamente provou que o reggae maranhense deu samba. A grande vencedora do Carnaval de São Paulo, que apresentou o enredo Maranhão, os tambores vão ecoar na terra da encantaria, comemorou o bicampeonato ao som do seu samba-enredo. O presidente da escola, Eduardo dos Santos, agradeceu à agremiação disse que a palavra do dia era gratidão. O dirigente também lembrou das outras três escolas que ficaram com a mesma pontuação da Acadêmicos do Tatuapé: Mocidade alegre, Mancha Verde e Tom Maior.

Após ser campeão do Carnaval paulistano, com a Acadêmicos do Tatuapé, e vice-campeão do Carnaval carioca, com a Paraíso do Tuiuti, o intérprete da Celsinho Mody contou como foi essa experiência “Foi uma honra. Eu sou uma pessoa que agradeço muito a Deus por tudo que Ele me dá. Esse ano eu fui presenteado e estou muito feliz.” O agradeceu aos jurados, ao público, à diretoria e a todos que “acreditaram nesse sonho” e prometeu: “Em 2019 tem mais”.

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