Conecte-se conosco

Série Ouro

Unidos de Bangu já tem enredo para 2019

Publicado

em

A Unidos de Bangu publicou em suas redes sociais, no início da noite desta sexta-feira, 6 de abril, o título e a logo de seu enredo para o Carnaval 2019. A vermelho e branco apresentará Do ventre da Terra, raízes do mundo, que será desenvolvido pelos carnavalescos Edson Pereira e Alex Oliveira. A escola ainda divulgou a sinopse do tema.

O tema é uma mensagem contra a fome e a miséria no Brasil, sendo um alerta social às autoridades governamentais. A escola contará a história das raízes que alimentam o povo e até hoje estão presentes à mesa dos brasileiros, como explica a sinopse escrita pelos autores Alex Oliveira, Edson Pereira, Clark Mangabeira e Victor Marques.

Logo do enredo da Unidos de Bangu

Sinopse

Abrem-se os caminhos para a mais antiga da Zona Oeste,

nos quais, passo ante passo, a comunidade enaltece,

com a força, o suor e o sangue vermelho do Pavilhão,

as histórias de vitórias e devoção! 

 

E nesse caminhar engajado e emocionado,

grita, Bangu, bem alto!

Ferve a Sapucaí hoje e sempre!

Entra forte na avenida com os Deuses à frente, 

pois grandes raízes têm as mais fortes sementes!

O tapete da vitória, assim, se estende, e

com lágrimas de alegria,

louros e glória a toda tua gente!

 

Tapete estendido para a estória então, 

Vêm os deuses coroar dando, à grande raiz, a criação! 

Inti, o Deus Sol que tudo abrange, a ela concedeu energia!

Pacha Mama, com as mãos dedicadas à semeação,

ofereceu, à raiz, a força da vida:

nutriu-lhe de nutrição,

predestinou-a à satisfação.

 

Do alto da Cordilheira ao sul do mundo,

a qual tocava os céus,

desciam as raízes que, incessantes, alimentariam nobres reis e o povaréu! 

Era a predestinação:

matar a fome nos quatro cantos de forma simples,

sem coroação,

mas carregado, o tubérculo, de força, sublime realização.

 

Sorrindo-lhe a bem-aventurança divina,

atravessou o mar com espanhóis para aportar na Europa.

Esparramou-se nos solos da terra de lá,

ofertando-se a raiz dos Incas ao antigo continente,

requinte de bondade andina com os esfomeados, coitados!

Boa fartura no lugar das revezes,

e a beleza das flores do tubérculo na lapela dos reis que a olhavam de soslaio.

 

Pois, sem lugar na Bíblia, primeiro causou dúvida e espanto;

o medo, a fome, contudo, suplantando!

Na dor das barrigas vazias, venceu, o tubérculo, o cansaço:

reis ordenaram sua plantação,

papas comiam-no, pela saúde, em oração,

e, enfim, a aceitação:

eis a raiz de um Novo em um Velho Mundo,

os pilares de toda refeição,

a base alimentar!

O mundo sonhando sem a dor da fome!

A raiz, potente, fazendo seu nome.

 

Sem interromper as teias do destino,

surgiram novos caminhos!

À época da vinda da Família Real,

aportou, a raiz, nesta terra indígena postulada por Cabral.

E, aqui, os deuses do alto da Cordilheira reviram seus irmãos da Floresta:

Sumé, sábio, recebeu a raiz parecida com a já conhecida por matar a fome dos seus,

Jetica, mais doce do que a nova trazida,

e a fartura das duas raízes, comungadas:

roças firmes para ambas em juntas moradas.

 

Velho e Novo mundos (re)unidos em plantação!

Pelas bandas de cá, as raízes estiveram e chegaram com a imigração.

O nobre feito de matar fome de um mundo inteiro dada

às mãos do trabalhador brasileiro,

aos seus pés rachados na terra dura sem esmero,

às enxadas firmes para manter a vida da raiz, para nós e por ela!

A força que vem do tubérculo usado para plantar ele próprio,

batendo forte, pelo sustento, o rijo ferro na mãe-terra!

Comam, pois, mundo inteiro!

Brasil, vocação para celeiro!

 

Finaliza, portanto, Bangu, teu canto

nesta festa animada,

saudando aquilo que, quando nasce, comem todos, e, dela, não sobra nada;

confraternizando com aquilo que, quando nasce, espalha rama pelo chão!

Eis, aqui hoje, querido pavilhão, a raiz que, convenhamos, precisa ser nomeada?

Pelo sim, pelo não,

está aí a homenagem:

um grande salve

à guerreira batata. 

Carnavalesco: Alex Oliveira e Edson Pereira.

Assistente: Flávio Magalhães.

Pesquisa e Texto: Clark Mangabeira e Victor Marques.

Equipe

Décima segunda colocada da Série A este ano, a Unidos de Bangu já anunciou alguns nomes de sua equipe para o próximo ano, além da dupla de carnavalescos. Os intérpretes serão Luís Oliveira e Tem-Tem Junior. Paulo Guerreiro será o Coreógrafo da comissão-de-frente, enquanto Anderson Abreu e Eliza Xavier formarão o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Alexandre Carlos e Jeferson Carlos comandarão a harmonia. Mestre Léo Capoeira continuará regendo a bateria da escola.

Curta facebook.com.br/revistacarnaval.
Siga twitter.com/revistacarnaval.
Acesse instagram.com/revistacarnaval.
Inscreva-se em nosso canal no YouTube.

Clique para comentar

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ ACESSADOS DO MÊS