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Série Ouro

LIERJ emite nota sobre situação de escolas despejadas

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Preocupada com a situação das escolas da Série A, a LIERJ divulgou nesta sexta-feira, 3 de agosto, uma nota oficial alertando sobre a perda de espaço para que as agremiações produzam seus desfiles. Segundo a entidade, cinco já foram desalojadas e outras três correm perigo iminente. A Liga também realçou que aguarda um posicionamento da Riotur sobre promessas até agora não cumpridas.

Nota oficial – escolas da Série A estão sendo desalojadas

Estamos no segundo semestre de 2018 e a situação dos barracões das escolas de samba da Série A fica a cada dia mais crítica. Cinco agremiações já foram desalojadas: Alegria da Zona Sul, Unidos de Bangu, Inocentes de Belford Roxo, Acadêmicos de Santa Cruz e Acadêmicos do Sossego, além da Unidos do Porto da Pedra, que já está com ordem de despejo e sem local para levar as alegorias. No mesmo caminho, a Rocinha também vem sendo processada, assim como há um sério risco para a Renascer de Jacarepaguá.

É extremamente preocupante observar que as desocupações vêm ocorrendo sem qualquer tipo de planejamento por parte do poder público e da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, responsável pela maior parte das ações de despejo.

Até o momento, o que vem sendo notado é que as escolas estão sendo removidas e jogadas ao relento, sem que haja a indicação de outros espaços para que os carros alegóricos e os materiais possam ser preservados e transferidos, de forma que os trabalhos continuem sem prejuízo ao Carnaval da Série A do Rio de Janeiro e, consequentemente, aos artistas que vivem dessa manifestação cultural.

Sabe-se que a CDURP, inclusive, já agendou reuniões com Polícia Militar, CET-Rio, Comlurb, Defesa Civil, SECONSERMA, Superintendência Regional do Centro, Guarda Municipal e outros órgãos para desocupar o barracão da Unidos do Porto da Pedra.

O receio maior é que ocorra algo semelhante ao drama já observado nessa quinta-feira (2), quando uma viatura da Polícia Militar chegou ao espaço onde estão a Santa Cruz e a Inocentes com um oficial de justiça executando a ordem de despejo imediato.

Vale ressaltar, ainda, que vêm sendo comuns os casos de incêndios envolvendo barracões da Série A. Só neste ano, por exemplo, o fogo já destruiu alegorias e trouxe incontáveis prejuízos para escolas como Porto da Pedra e Unidos da Ponte.

Após muita procura e insistência por parte da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, a Riotur havia prometido em maio viabilizar junto à Prefeitura a cessão de um terreno para que as escolas de samba pudessem realizar os trabalhos em segurança e em condições dignas. A Lierj já oficializou o pedido e efetuou todos os procedimentos indicados, porém, até o momento, ainda não teve um retorno concreto.

Nunca é demais recordar que, no Carnaval de 2018, a verba (que já sofrera um corte de 50% e um impacto direto de 75% no valor total) só foi liberada a menos de duas semanas para os desfiles. Na ocasião, houve uma promessa da Riotur para que as conversas fossem antecipadas e esse problema não se repetisse no ano seguinte.

Enquanto isso, já estamos em agosto e a maioria das escolas de samba da Série A sequer possuem um local para construir o Carnaval.

A Lierj ressalta que, além de estar acompanhando tudo de perto, manifesta total apoio e suporte às agremiações, além de não medir esforços para que as promessas do poder público sejam cumpridas e o Carnaval da Série A não seja ainda mais prejudicado.

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