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Intendente Magalhães

Confira a sinopse do enredo da Alegria de Copacabana

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A Alegria de Copacabana divulgou a sinopse do enredo para o Carnaval 2025, quando apresentará Carnaval, a Alegria de Copacabana, dos carnavalescos Pedro Machado e Paulo Jorge. A agremiação disputará a Série Prata no próximo ano.

Sinopse

Carnaval, a Alegria de Copacabana

Enredo Alegria de Copacabana

Copacabana, a mundialmente conhecida “princesinha do mar”, onde a areia testemunha a comunhão do Astro rei com o infinito azul do oceano, o lugar preferido para quem quer sonhar e amar. Copacabana, rainha da beleza, onde a natureza foi se acomodar.

Sob as bençãos dos deuses da folia, a Alegria nos transporta na magia para uma época onde foliões brincavam os festejos momescos na avenida à beira mar. Os grupos, vindos de diversas regiões celebravam pelas ruas do bairro, agregando brincantes pelo caminho até o calçamento na enseada, onde as mais graciosas senhoritas da sociedade desfilavam seu charme. No asfalto, pierrôs emocionados declamavam seus sentimentos às mais belas colombinas, vivendo amores que findariam na quarta-feira de cinzas.

Nas areias de Copacabana, grupos carnavalescos trajando suas fantasias de papel crepom, competiam para saber quem era o mais pomposo, após a consagração, os vencedores recebiam sua premiação: muito vinho, caixas de bombom e vidros de loção. A festança tinha tamanha fama que até gringo caiu no samba. Richard Feynman, vencedor do Nobel de Física, se encantou com a folia e quis fazer parte da alegria, desfilou na bateria do bloco Farsantes de Copacabana, tocando, nada mais nada menos, que frigideira. O batuque deu tão certo, que o bloco se sagrou campeão. Após a consagração dos vitoriosos, os foliões se lançavam na imensidão azul, em um mergulho coletivo, um verdadeiro banho de mar à fantasia, pintando as águas com as mais diversas cores.

Marcando o início da semana carnavalesca, um corso desfilava pela Av. Atlântica. A elite carioca passeava em seus conversíveis ricamente decorados, acenando para o público, seguido por uma batalha de flores e confetes, fazendo cair do céu uma chuva colorida.

O povo entusiasmado com a folia nos blocos se jogava de fantasia. “Meu bem, Volto Já”, o rancho “Flor do Sereno” vai desfilar, mas não tire o olho do relógio “Bip bip”, às 9 será a hora de empolgar. Mas que loucura esse carnaval, tem “peru pelado” correndo no asfalto e a cachorrada alvoroçada, curtindo um “Blocão” animal. Embalado pelo som das “Hollywoodianas” canções, o “BlocoBuster” arrasta as multidões. Em Copacabana, para aqueles que são ruins da cabeça ou doentes do pé, “Remédio é o Samba”.

O som das bandas embalam as solenidades, do Lido ao Bairro Peixoto, a multidão se

aglomera sem vaidades. Para refrescar a emoção, um “Choppinho da Paula Freitas” se torna a melhor opção. Na esquina da Atlântica com a Duvivier, próximo ao Beco das garrafas, reduto da boemia carioca, o “Cabeça de Chave” celebra a festividade. De longe se sente a energia dos “Afoxés” evocando a ancestralidade.

Descendo a ladeira dos Tabajaras, colorindo de azul e amarelo, desponta a Vila Rica,

ensaiando seu desfile. O povo segue se divertindo atrás dos “megablocos”, transformando o mosaico preto e branco em um mar de alegria.

No carnaval de Copacabana, o preconceito não tem vez. No baile da Alaska, a galeria do

amor, o orgulho, o respeito e a liberdade convidam todos a “baterem seus leques” e colorir a pista com um arco-íris de diversidade.  O Baile do Copa é sensacional, a mais tradicional e suntuosa festividade da cidade, ilumina as areias e o céu com seus holofotes, uma noite para as estrelas desfilarem seu brilho nos salões do Palácio que se ergueu no oásis tropical.

Na passarela do samba tantos carnavais emanaram essa alegria, vinda da Zona Sul. Batendo na palma da mão, levantou-se a poeira da Sapucaí, para homenagear a madrinha, Beth Carvalho, com Caymmi se adormeceu na praia, na rede de um pescador. Ao som do adarrum se batucou para Ogum, alabes foram tocados para os doze obás de Xangô. O preto velho chegou na roda, vindo de Aruanda, sarava umbanda. O quilombo festejou coroando, Luiza e Ganga Zumba, herdeiros da realeza africana.

No altar do samba, sobre o pavilhão vermelho e branco, se cantou o “jeitinho carioca” e se louvou nossa Senhora de Kopakawana. Na Cinelândia, do teatro Rival, se anunciou um desfile triunfal, lá vem o Bola Preta, eterno folião do carnaval.

Hoje a Alegria descortina o passado, para reverenciar um eldorado de antigos carnavais. O girar do pavilhão vermelho, branco e ouro reflete o verde, rosa e branco de outrora. Resgatamos nossas origens, saudamos o bloco multicampeão, oriundo da comunhão do Independente do Pavãozinho e do Império do Pavão.

Voa pensamento voa, porque coisa boa é para se lembrar. Sobre os aplausos da galera

desfilaram “O rei da Voz”, a “Pequena Notável” e o grande “Lalá”. Foi esse mesmo pavilhão que emocionou com a arte da história negra a desfilar. Sem medo de repressão, cantou a Bahia dos orixás com devoção. Na avenida entoou, “negro é sangue, negro é raça, negro é paz, negro é amor, com seu culto evocava o seu Senhor. Foi nossa senhora do Rosário que o Maracatu abençoou”. Girou nos sonhos de uma menina, personalidade imortal, cantou Mercedes Baptista, primeira bailarina negra do Theatro Municipal. Com cinzel e martelo, na avenida fez transbordar a emoção, na madeira ou na pedra sabão, Aleijadinho recriava a criação, consagrando campeã a agremiação.  “Palmarizando” celebrou a chegada da raiz Yorubá Nagô, iluminada pela paz interior, cantando a liberdade, sagrando-se mais uma vez campeã da festividade.

Foram tantos carnavais com desfiles memoráveis. Agradecemos ao Carlos Imperial por, carinhosamente, batizar a nossa alegria. Com orgulho e respeito, hoje nos apresentamos, para mostrar que fazemos samba também, muito prazer somos Alegria de Copacabana.

Pesquisa e desenvolvimento do texto: Pedro Machado

Carnavalescos: Pedro Machado e Paulo Jorge

Revisão de texto: Guilherme Luz

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