Lins Imperial terá muso da ala de passistas

A Lins Imperial terá um muso no Carnaval 2022. Ele é Wesley Paixão e desfilará à frente da ala de passistas da verde e rosa. Carioca, estudando Designer de Moda e proprietário de um ateliê, ele teve seu primeiro contato com a folia em 2010, na Unidos da Tijuca e na Acadêmicos do Grande Rio, após ser levado aos ensaios por um amigo.

Encantado com o Carnaval, Wesley Paixão desfilou em ala coreografada em 2011, 2015, 2017 e 2018. Em 2016, apaixonado pelas alas de passistas, se arriscou em um projeto de samba no pé da Mocidade Independente de Padre Miguel, ministrado pelo diretor George Louzada. O início no segmento, porém, aconteceu na Paraíso do Tuiuti.

Wesley Paixão. Foto: Reprodução.

O presidente da Lins Imperial, Flavio Mello, afirmou que a escola quer resgatar a magia dos passistas. “A essência do samba é o que faz a gente acreditar que é necessário voltar a desfilar com o sambista solto, livre, dando o seu recado. Muito tempo não vemos na Sapucaí o passista, de fato. As coisas estão muito técnicas. A Lins para 2022 aposta nesse resgate. Por isso apostamos na frente da bateria em um reinado com rei, rainha e madrinha e musos e musas sambistas trazendo a beleza, o bailado, o samba, para toda a extensão do desfile.”

Enredo

Primeira agremiação a se apresentar no sábado de Carnaval, pela Série Ouro, a Lins Imperial levará para a Sapucaí o enredo Mussum pra sempris – traga o mé que hoje com a Lins vai ter muito samba no pé!, em homenagem ao humorista Mussum. O tema será desenvolvido pelos carnavalescos Eduardo Gonçalves e Raí Menezes.

Samba-enredo

Autores – Arlindinho Cruz, Mateus Pranto, Braguinha, Rafael Tinguinha, Lucas Donato, Naldo do Lins, Pezão, Carlinhos Bocão, Marquinhos Mola, Hélcio Colored, Genésio Gegê, Antônio Conceição, Ismael David e Samuel Gasman.

Intérpretes – Arlindinho, Lucas Donato e Rafael Tinguinha.

Nêgo menino, “lá no morro”, iluminado

O seu destino foi um anjo quem guiou

Descendo a ladeira, Carlinhos

Por tantos caminhos, a sua estrela brilhou!

Com reco-reco na mão, o dom de improvisar

A vida o ensinou a se reinventar

Talento como o dele ninguém viu igual

Um bamba partideiro original

No quintal de folhas secas, tocou surdo de primeira…

Caiu no samba lá no Morro de Mangueira!

Onde parecia um céu no chão

De verde e rosa, tingiu seu coração

Um dia o artista se torna palhaço

Nos palcos, pela arte é consagrado

Dos mestres, as lições ele guardou

Com sua graça o povo cativou

Mas quis o destino levar seu sorriso

Deixando o infinito mais bonito

Mussum…

Um trapalhão que inspira tanta gente

Chama que jamais se apagará

É luz que há de brilhar “pra sempris”!

Desce mais um mé que a Lins vem festejar…

E a batucada rola até o Sol raiar!

Valeu, Mussum, valeu! É grande a saudade

Do filho que orgulha a comunidade!

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