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Série Ouro

Leia a sinopse do enredo da Unidos do Porto da Pedra

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A Unidos do Porto da Pedra lançou na noite de segunda-feira, 6 de junho, o enredo A Invenção da Amazônia, que será desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes. Na manhã desta terça-feira, 7 de junho, a agremiação de São Gonçalo disponibilizou a sinopse.

Sinopse do enredo

Enredo Unidos do Porto da Pedra

Abra os olhos para ver,

O que Júlio Verne um dia imaginou,

É extraordinário o poder da criação!

Explorar, descobrir, sonhar,

Viajar à lua, mergulhar no fundo do mar,

Ou quem sabe parar no centro da terra?

Girar em uma rosa dos ventos,

Seguir, mirar, guiar-se,

Um mundo sem fronteiras, sem rota,

Sem certeza! Essa é a mente do aventureiro!

 

Mas é preciso criar! É preciso viajar!

Rascunhar, traçar, inventar!

A fantástica máquina que irá conduzir a jornada,

Uma jangada com destino à Amazônia,

Partindo deste Porto rumo ao desconhecido,

Onde a realidade é tomada pelo delírio.

A floresta se funde a mente do sonhador,

A mata em revolução delirante devora o metal,

Une-se ao devaneio, dá forma ao que nunca se viu.

Rompe os limites da fantasia, embrenha-se no maquinário,

E para quem ousar seguir viagem: Liberte a imaginação!

 

Entregue-se ao fantástico! Ouça as vozes da floresta!

Ela é parte de você, parte de nós! Ela está viva, ela vai se revelar!

 

A viagem principia navegando em águas de encantaria,

Que extasiam os olhos por sua gigante imensidão.

Águas que se confundem com tantas histórias,

Pois o rio é o caminho, estrada da vida e memória,

É Zeneida quem fala da formação de toda essa gente.

 

Da migração secular, Amazônia primitiva,

Andarilhos no recorte da mata, marcas das caçadas.

Marañon e Ucayali, Solimões e Negro, encontro enfeitiçado,

Lágrimas cristalinas, lua de prata, sol ardente de saudade.

Tens a beligerância da mulher indomável em seu nome,

Amazonas das terras do sem fim, força e bravura,

Tens o poder da cura, que está guardado no fundo,

Profundo, reino dos encantados, energia caruana,

Rio de mistérios que revigora o ser e fortalece a alma.

 

Zarpa o aventureiro para o próximo destino,

Baku é quem o recebe nas barrancas do rio-mar,

Para revelar os segredos da grande floresta.

E no ermo da mata o xamanismo revela a visão,

Invocando os protetores em defesa desse chão.

Combatendo a profanação da mata,

Jurupari, bicho folharal, caa-cy e curupira,

Matinta perera e boitatá, eis o levante!

Lutando contra a devastação da vida,

Pois este é o seu lugar!

 

Onde o curumim vira animal! É ritual!

E o espírito do grande felino rompe a noite,

Tatua na pele dos jovens o poder das feras,

É preciso demonstrar coragem, não temer a dor.

É a força da ancestralidade marcada na pele,

Que guarda no mito o ensinamento de eras,

Homem e floresta são apenas um,

Corpo e terra. Morada e verdade,

Flecha que aponta a eternidade.

 

Na reta final da jornada, a natureza inspira,

Lendária e mítica, cenário perfeito, encantador.

Girais feitos jardins suspensos, piracema de peixes,

Canoa de sonhos e esperanças ribeirinhas.

Serpenteiam igapós e igarapés, lagos infinitos,

Mãe d’água, beiradão em festa, bandeirinha e balão,

Boto romanceiro, vitória-régia a flutuar,

Tão calma, serena, cumprindo seu destino de flor,

Enquanto Verne atraca a jangada em um velho cais,

Pra ouvir Tonzinho Saunier contar essas histórias.

 

Inebriante poesia ao pôr do sol que mergulha nas águas,

Ao longe rufam tambores, há festas, luzes e encantamento,

No coração da floresta a arte exalta a magnitude verdejante.

Identidade, brasilidade, arte cabocla de alma indígena,

Que faz arena de sonhos para os folguedos dançarem,

Fé e Tradição. Encena o auto da cultura popular,

Cores da emoção, amor e paixão.

 

A aventura chega a sua conclusão delirante,

Verne se entrega a pajelança que o transforma,

Ao som dos maracás, transcende, finca raízes,

Vira gente-floresta, eterniza um novo conto,

Manifesto em favor dos povos amazônidas.

Se torna bravo e forte, mais um filho do norte,

Faz deste delírio-enredo a “Invenção da Amazônia”,

Que resiste no saber dos contadores de história,

Que nunca se encerra e nem dá ponto final,

Afinal, há sempre uma nova jangada neste Porto,

Aguardando o seu próximo destino,

Especial.

Referências Bibliográficas/Créditos

ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015.

ASSAYAG, Simão. Boi Bumbá: Festas, Andanças, Luz e Pajelanças. Rio de Janeiro. Funarte. 1995.

BOTELHO, André. A viagem de Mário de Andrade à Amazônia: entre raízes e rotas. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 57, p. 15-50, 2013.

CUNHA, Euclides da. À Margem da História. São Paulo. Cultrix/INL/MEC. 19375. In:

GONDIM, Neide. A Invenção da Amazôna. 2ª edição / Neide Gondim. Manaus. Editora. Valer. 2007.

GONDIM, Neide. A Invenção da Amazônia. 2ª edição / Neide Gondim. Manaus. Editora Valer. 2007.

VERNE, Júlio. A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas. Tradução de Maria Alice Araripe de Sampaio Dória. Planeta, São Paulo. 371 p. 2003.

G.R.E.S.U. Porto da Pedra/Carnaval 2023

“A Invenção da Amazônia”

Mauro Quintaes

Carnavalesco

Diego Araújo

Enredista

Desfile

A Unidos do Porto da Pedra foi a vice-campeã da Série Ouro no Carnaval 2022.

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