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Série Ouro

Rita Elmôr representará Clarice Lispector no desfile da Tradição

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A Tradição revelou na noite de segunda-feira, 25 de maio, que a atriz Rita Elmôr será Clarice Lispector no enredo em homenagem à escritora no Carnaval 2021. Antes da pandemia, ela encenava o monólogo Clarice Lispector e eu. O Mundo não é chato.

Ao receber o convite da presidente da Tradição, Raphaela Nascimento, e do carnavalesco Leandro Valente, para ser a homenageada da azul e branco, Rita Elmôr contou que ficou muito honrada e emocionada, pois, segundo ela, representar Clarice Lispector na Avenida será algo simbólico em sua vida, já que a escritora faz parte de sua trajetória artística. “Fiquei muito feliz com o convite. Acho emocionante a Tradição levar Clarice Lispector para o Carnaval. Uma bela contribuição da escola para popularizar a leitura em nosso país. Será uma honra representar uma das maiores escritoras do Brasil no desfile na Marques de Sapucaí.”

Rita Elmôr afirmou que aprendeu muito Clarice Lispector. “É uma bela  homenagem à escritora que me ensinou tantas coisas com seus livros. Para representá-la, eu entrei no universo literário de suas obras e continuo apaixonada, já fiz duas peças sobre ela. Posso dizer que ela é uma espécie de mãe das artes para mim. É como se eu tivesse feito uma formação sobre a observação do que é ser humano a partir de sua obra. Ela sempre me transforma e me ensina algo. É uma grande inspiração na minha vida. Atualmente, estou com a peça Clarice Lispector e eu. O Mundo não é chato, espetáculo cujo roteiro é de minha autoria. Posso adiantar que o público vai delirar no desfile com esse maravilhoso enredo da Tradição.”

Inspiração

Segundo Rita Elmôr, falar da escritora é olhar a vida de forma poética e mais humana. “Clarice chegou em minha vida como uma amiga que aos poucos foi me ensinando a desenvolver uma nova percepção sobre tudo que me cercava. Ela me encorajou a olhar para o meu avesso, pois passou a vida praticando a auto-observação e escreveu bastante sobre isso. Quando leio Clarice sinto mais coragem para trilhar caminhos internos que muitas vezes me obrigam a enxergar partes que são muito bonitas na minha pessoa. Mas a partir dessa percepção me movo de uma nova maneira na vida.

A atriz destaca que Clarice Lispector foi mais que uma escritora. “Ela foi uma estudiosa dos infinitos movimentos da alma. Esse estudo ultrapassa a própria literatura. Sinto uma comunicação entre nossos inconscientes, algo não racional. Ler Clarice é uma experiência mística. Eu adoro Carnaval e desfilo sempre em blocos carnavalescos. Será uma grande alegria vir na última alegoria da Tradição representando a homenageada. Estou muito feliz por isso.”

Formação

Formada em Artes Cênicas pela Uni-Rio e pós-graduada em filosofia pela PUC, Rita Elmôr estava com a peça Clarice Lispector e eu. O Mundo não é chato, no SESC Rio. A obra é um monólogo com textos de Clarice Lispector misturados aos textos da própria atriz, com direção de Rubens Camelo. Ela também está como autora, em cartaz no teatro J. Safra, em São Paulo, com Parabéns, senhor Presidente, interpretada por Danielle Winits e Christine Fernandes, e circulando pelo Brasil como diretora e autora da peça Mulheres que nascem com os filhos, com as atrizes Samara Felippo e Carolina Figueiredo.

O início da carreira de Rita Elmôr foi montando o seu primeiro monólogo sobre Clarice Lispector, Que mistérios tem Clarice, com direção de Luiz Arthur Nunes, trabalho que lhe rendeu indicação ao prêmio Shell de melhor atriz, em 1998. A atriz ainda interpretou Ofélia na montagem de Hamlet, de Diogo Vilela; a psicanalista Paula Heimenn, na peça Melanie Klein, com Nathalia Timberg e direção de Eduardo Tolentino.

Protagonizou ao lado de Beatriz Segall, a peça Histórias roubadas, direção de Marcos Caruso. Adaptou e interpretou Teresa D’Ávila, no solo A santa descalça, fez duas versões da peça Pai, monólogo de Cristina Mutarelli. A primeira como teatro-dança e a segunda com direção de Bruce Gomlevsky. Rita Elmôr também interpretou Lucia em Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, direção de Renato Carrera; A escola do escândalo, direção de Miguel Falabella; A casa de Bernarda Alba, de Frederico García Lorca, direção de Claudio Mendes. Trabalhou com o grupo AMOK, na peça Agreste, de Nilton Moreno, e fez A mais forte“, de August Strindberg, com direção de Camilla Amado.

Telinha

Na TV, trabalho mais recente de Rita Elmôr foi na novela das 19h, Deus salve o rei, em 2018, na Globo. Em 2017, fez uma participação especial em um episódio do seriado Cidade proibida, da mesma emissora. Integrou também o elenco principal da novela das 18h, Boogie Woogie, em 2015. Protagonizou o episódio Canalha psicanalista, do seriado As Canalhas no GNT. Atuou na novela das 21h ,Salve Jorge, da TV Globo.

Integrou também o elenco principal em todas as temporadas do seriado Macho man, do mesmo canal. Interpretou Anete, a chefe sedutora de Vladimir Brichta, em todas as temporadas do seriado Separação!?, ambos com direção de José Alvarenga Junior e texto de Fernanda Young e Alexandre Machado. Recebeu indicação ao prêmio Contigo, pelos dois trabalhos. Ainda, na Rede Globo, trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho na microssérie Capitu, em elogiado trabalho de composição física para criar a velha prima Justina e na minissérie Os Maias, como a ingênua Terezinha.  No cinema está no filme Até que a sorte nos separe 1” e Até que a sorte nos separe 2, com o ator Leandro Hassum, e em ?Cilada.com?, de Bruno Mazzeo.

Desfile

No Carnaval 2021, a Tradição apresentará o enredo Clarice, do carnavalesco Leandro Valente. A escola venceu a disputa da LIVRES e buscará na justiça o direito de desfilar na Sapucaí.

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